quarta-feira, junho 29, 2016

Seminário sobre o Árctico - Estocolmo 16 a 18 de Junho

A AEDAR participou no Seminário sobre o Árctico, promovido pela AEAP. Deste Seminário, que decorreu em simultâneo com a reunião do Bureau da AEAP, e na qual a AEDAR também este presente registou as seguintes conclusões, de forma sumária:


SEMINÁRIO SOBRE O ÁRCTICO


Este Seminário contou com a presença de vários especialistas em economia, em geologia e em ciências sociais, em que o tema do degelo, da geoestratégia e das alterações climáticas foi intensivamente abordado:



Os dados mais salientes foram os seguintes:


- O ÁRCTICO é apenas um MAR gelado, não tem solo continental, nem assenta numa ilha e as partes mais profundas de gelo são apenas permafrost, isto é , gelo antigo solidificado desde o tempo dos glaciares.


- O  aquecimento global é um fenómeno ao nível global, não é específico do Árctico e resulta das emissões de carbono poluintes emitidas pela sociedade actual, sempre crescentes. Os seus efeitos não poderão  ser revertidos senão em cerca de 1.000 anos e apenas se houver uma política coerente e sistemática alternativa à actual.


- Contrariamente no ANTÁRCTICO, o buraco de ozono tem vindo a  ser combatido com sucesso e  tem diminuído.


-o Aquecimento do Árctico e o degelo da calote polar tem efeitos consideráveis sobre as condições de vida humana e animal. No caso  da Suécia, Finlândia e Noruega (para alem da Rússia, Canada, e Alasca) vai haver novas terras colonizáveis aráveis e  exploráveis incluindo por novas formas de pecuária (redução das renas e similares e aumento de ovinos e caprinos, além de aves de capoeira, porcos etc.) . Também a  exploração de minérios, gás e petróleo vai aumentar em quantidade ( previsão dentro de 22 anos) , tendo como efeito a baixa de preços e a alteração das dependências energéticas geoestratégicas. 


- As rotas marítimas vão ser consideravelmente encurtadas ( em quiloómetros e em tempo) e o tráfego de mercadorias e pessoas vai ser consideravelmente embaratecido, não havendo concorrência a nível nem rodoviária nem ferroviário


- Acredita-se que as populações autóctones  desaparecerão, bem como, as sua línguas, usos e costumes.


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