sexta-feira, outubro 19, 2012

A AEDAR foi conhecer o CENIMAT - Centro de Investigação de materiais na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa


No seguimento do Fórum realizado  a 30 de Março pela AEDAR subordinado ao tema " A Inovação aprende-se?" no qual pudemos contar com a presença da premiada cientista nacional,  a Dra. Elvira Fortunato,  a AEDAR foi convidada a conhecer as instalações do CENIMAT - Centro de Investigação de materiais integrado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova.





O CENIMAT é um centro de investigação científica nacional, integrado na FCT/UNL através do Departamento de Ciências dos materiais. Este centro foi criado em 1993 no âmbito do Programa Ciência  e desde 2006 que integra o Laboratório associado I3N ( Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e nanofabricação).


O CENIMAT / I3N desenvolve diversas acções de investigação, desenvolvimento e inovação em diferentes domínios de ponta da área da Ciência, Engenharia de Materiais e Micro / Nanotecnologias , envolvendo as áreas de semicondutores, óxidos, polímeros, cristais líquidos, filmes finos, metais, biomateriais, cerâmicos, vidros e materiais compósitos.






O CENIMAT possui laboratórios de investigação equipados com modernos equipamentos de produção e caracterização na área dos materiais e dispositivos, sendo de destacar o recente laboratório de nanofabricação , primeiro do género instalado em Portugal.


O CENIMAT encontra-se organizado em 4 grupos de investigação: Materiais da Electrónica e Optoeletrónica, Materiais Estruturais, Materiais Poliméricos e Mesoformos e Estruturas Dielétricas aos quais está associada uma equipa altamente especializada , composta por 41 investigadores doutorados e 35 estudantes de doutoramento/mestrado.






Nesta visita a AEDAR teve oportunidade de ser recebida pela Director da Faculdade , pela Directora do Centro, a Dra. Elvira Fortunato e pelo Dr. Rodrigo Martins e de conhecer o magnifico trabalho desenvolvido por este centro de investigação, bem como os seus laboratórios.


O CENIMAT tem realizado um importante e meritório trabalho. A título de exemplo, conseguiu produzir pela primeira vez em todo o mundo transístores com uma camada de papel que são tão competitivos como os melhores transístores de filme fino baseados em óxidos semicondutores, área de investigação de ponta em que o Cenimat detém patentes internacionais.




Os resultados obtidos “auguram promissoras aplicações no campo da electrónica descartável. Os novos transístores poderão, assim, ser usados em ecrãs de papel, etiquetas e pacotes inteligentes, “chips” de identificação e aplicações médicas. E a produção em larga escala será facilitada pelo baixo custo do papel no mercado mundial.

A celulose é o principal biopolímero existente no nosso planeta e a indústria electrónica está a investir cada vez mais no desenvolvimento de dispositivos com biopolímeros, devido a seu baixo custo, tendo surgido alguns estudos a nível internacional sobre a utilização do papel como suporte físico de componentes electrónicos. Mas é a primeira vez que se utiliza papel como parte integrante de um transístor.

O Cenimat fabricou transístores de filme fino onde o isolante eléctrico – ou dieléctrico – é feito em papel vegetal ou de fotocópia. Um transístor é constituído por três terminais: a fonte, o dreno e a porta (ver ilustração). Nos dispositivos produzidos pelos investigadores da Universidade Nova – os chamados transístores de efeito de campo (FET-Field Effect Transistor, em língua inglesa) – a corrente eléctrica que passa entre a fonte e o dreno é controlada pela tensão aplicada à porta, que tem de estar isolada. A inovação consistiu precisamente no uso do papel para esse efeito num dos lados, e como suporte do próprio dispositivo no outro.



 Telhas a energia solar

Recorde-se que no final de Maio foi apresentada em Los Angeles uma nova geração de mostradores da Samsung a aplicar em telemóveis e outros suportes, desenvolvida pelo Cenimat e que usa novos materiais cerâmicos com propriedades semicondutoras ligados à chamada electrónica transparente. O centro de investigação da Universidade Nova está envolvido noutros projectos nesta área na Coreia do Sul, Irlanda, EUA, Itália e França.









Este é apenas um de muitos valiosos trabalhos desenvolvidos nos laboratórios do CENIMAT. Um projecto de interesse nacional que eleva os nossos cientistas ao mais alto patamar mundial e que merece todo o reconhecimento.



Fonte de alguma informação:

http://www.cenimat.fct.unl.pt/

http://idpt.wordpress.com/2008/08/26/elvira-fortunato/


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