Recepção pela Dra. Ana Carvalho Dias, Directora do Convento de Cristo
No dia 28 de Maio um grupo de ex- deputados da AEDAR deslocou-se a Tomar a convite do nosso associado José Ribeiro Mendes.
O dia iniciou-se com uma visita ao Convento de Cristo, na qual tivemos a oportunidade de ter a Directora do Convento, Dra. Ana Carvalho Dias, como guia deste grupo de ex - deputados. Nesta visita tivemos oportunidade de conhecer os pormenores do Convento e a sua história.
Recepção dos ex- deputados no Claustro da Micha
O Convento de Crsito está integrado no Castelo e foi construído a partir da Charola so século XII. O Convento deu abrigo à Ordem de Cristo a partir do séc. XIV. Este edifício encerra memórias de figuras incontornáveis da nossa História como o Infante D. Henrique , que mandou construir dois claustros, para além da sua própria residência. Do tempo de D. Manuel I e do seu filho D. João III , que se tornou rei de Portugal nas cortes de Tomar , mandou concluir o claustro principal e levou a cabo outras obras como o Aqueduto de Pegões.
Pormenor da calçada antiga no Claustro da Micha
Segundo a história Tomar nasce com o castelo (1 de Março de 1160), cuja construção, pela Ordem dos Templários, bem como a da Vila de Baixo, se prolongou por 44 anos. No século XIV, com a permanência do Infante D. Henrique enquanto Administrador da Ordem de Cristo, a Vila beneficia de grande desenvolvimento.
Fornos
Claustro da Micha junto a reservatório de água
Refeitório dos Frades
Adega do azeite
Adega do azeite
Em 1983, a UNESCO reconheceu o conjunto Castelo Templário-Convento de Cristo como Património Mundial e no início dos anos 90 deram-se os primeiros passos para a recuperação e consolidação do Centro Histórico. Pertencente na sua origem à Ordem dos Templários, fundado em 1160 pelo Grão-Mestre dos Templários, Dom Gualdim Pais, o Convento de Cristo ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede.
Refeitório dos Frades
Escudo de D. Manuel no Refeitório dos Frades
Refeitório dos Frades
Sob Infante D. Henrique o Navegador, Mestre da ordem desde 1418, foram construídos claustros entre a Charola e a fortaleza dos Templários, mas as maiores modificações verificam-se no reinado de D. João III (1521-1557). Arquitectos como João de Castilho e Diogo de Arruda procuraram exprimir o poder da Ordem construindo a igreja e os claustros com ricos floreados manuelinos que atingiram o máximo esplendor na janela da fachada ocidental.
Claustro dos Corvos
Antiga livraria junto aos Claustro dos Corvos
Claustro dos Corvos
Charola e nave séc. XII
A Charola, poligonal, é o centro do conjunto de edificações, culminando-as visualmente. A norte e a este estão a Sacristia, os claustros do Cemitério e da Lavagem, as ruínas dos Paços, as Enfermarias e ainda a Sala dos Cavaleiros e a Botica.
Na catedral dos Bispos
Cristo na Charola
Iniciado nos anos 50 do século XVI por João de Castilho e substituído em parte por Diogo Torralva, o Grande Claustro reflecte a paixão de D. João III pela arte italiana. Escadas em espiral ocultas nos cantos conduzem ao Terraço da Cera.
A janela do Capítulo -
Imponente conjunto escultórico e arquitectónico, a Janela da Sala do Capítulo, inserida na fachada ocidental da igreja manuelina, foi executada por Diogo de Arruda, entre 1510 e 1513, segundo o programa iconológico definido pelo rei D. Manuel I. Símbolo de um período histórico que marca a expansão dos Portugueses para além das suas fronteiras, afirma-se hoje em dia como um dos mais excelsos exemplos da arte manuelina.
Janela do Capítulo estilo manuelino
Ex - Deputados no claustro junto às muralhas do Castelo
À saída da Charola
O Conjunto Monumental
Em suma, o Conjunto Monumental que o Convento de Cristo representa, começa com a construção do Castelo Templário em 1160, em simultâneo com a edificação da Charola, oratório templário, que se conclui no final do século XII. A casa-mãe Templária, no Reino de Portugal, permanecerá em Tomar cerca de 130 anos.
A extinção da Ordem do Templo, em 1312 dá origem, em Portugal, no reinado de D. Dinis, à Ordem de Cristo, que ocorrerá em 1319.
A Ordem de Cristo, herdeira dos bens, graças e privilégios, que haviam pertencido aos Templários, dá início a um dos períodos de ouro da nossa história, os Descobrimentos, que desencadeia o processo de abertura de Portugal ao mundo.
O Infante D. Henrique, o Navegador, manda construir em 1420, o seu Paço sobre parte da antiga casa militar templária e ampliar as instalações conventuais com dois novos claustros, o da Lavagem e o do Cemitério. Este Príncipe da Casa de Avis, também Administrador da Ordem de Cristo, aqui terá delineado a sua estratégia da Expansão, baseada nos conhecimentos e tecnologias herdados da Ordem do Templo.
D. Manuel I, Rei e Governador da Ordem de Cristo, beneficiando das riquezas de além-mar, que o início do século XVI ocasionara, renova o Convento de Tomar e inicia um discurso decorativo que celebra a mística da Ordem de Cristo e da Coroa Portuguesa numa grandiosa alegoria de poder e de fé.
D. João III, impõe a reforma da Ordem de Cristo, com a regra de clausura, ampliando o Convento de Tomar, de modo a albergar a comunidade de Frades, transformando-o numa sumptuosa obra de arquitectura, mais tarde rematada com o magnífico Aqueduto, que Filipe II de Espanha manda edificar.
A Ordem de Cristo, herdeira dos bens, graças e privilégios, que haviam pertencido aos Templários, dá início a um dos períodos de ouro da nossa história, os Descobrimentos, que desencadeia o processo de abertura de Portugal ao mundo.
O Infante D. Henrique, o Navegador, manda construir em 1420, o seu Paço sobre parte da antiga casa militar templária e ampliar as instalações conventuais com dois novos claustros, o da Lavagem e o do Cemitério. Este Príncipe da Casa de Avis, também Administrador da Ordem de Cristo, aqui terá delineado a sua estratégia da Expansão, baseada nos conhecimentos e tecnologias herdados da Ordem do Templo.
D. Manuel I, Rei e Governador da Ordem de Cristo, beneficiando das riquezas de além-mar, que o início do século XVI ocasionara, renova o Convento de Tomar e inicia um discurso decorativo que celebra a mística da Ordem de Cristo e da Coroa Portuguesa numa grandiosa alegoria de poder e de fé.
D. João III, impõe a reforma da Ordem de Cristo, com a regra de clausura, ampliando o Convento de Tomar, de modo a albergar a comunidade de Frades, transformando-o numa sumptuosa obra de arquitectura, mais tarde rematada com o magnífico Aqueduto, que Filipe II de Espanha manda edificar.
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