No dia 30 de Março a AEDAR organizou mais um fórum no âmbito do Social no séc. XXI, desta vez dedicado à inovação com o tema: A Inovação aprende-se? Tivemos o prazer de ter como convidada a Dra. Elvira Fortunato, premiada cientista portuguesa e professora na Universidade Nova da Costa da Caparica.
A sessão de abertura foi realizada pelo Presidente da AEDAR, Dr. Luís Barbosa e a moderação ficou a cargo da nossa associada Ana Narciso.
Podem ver aqui o vídeo do evento:
Vídeo da primeira parte
Vídeo da segunda parte
O Fórum foi de grande interesse para todos com a Dra. Elvira Fortunato a mostrar-nos, através da sua palestra, que a Inovação não só se aprende como também se ensina.
Tivemos oportunidade de conhecer o trabalho que a Dra. Elvira Fortunato desenvolve com o seu grupo de cientistas e que a inovação deve ser fomentada no nosso país a fim de nos podermos desenvolver em vários campos, incluindo na questão económica.
Nesta palestra ficamos a conhecer alguns casos de sucesso da aplicação destas novas descobertas por parte do recém criado laboratório de nanofabricação (inaugurado pelo Exmo. Senhor Presidente da República a em Fevereiro de 2011).
Alguns desses casos de sucesso incluem energias alternativas fotovoltaicas(produção de energia limpa através da energia solar), biossensores (aproveitamento destes sensores para o desenvolvimento de dispositivos de baixo custo para países em vias de desenvolvimento), electrónica de papel ( evitando todo o lixo electrónico não reciclável, apostando na celulosa, uma vez que para além de mais barata é também possível de ser reciclada) e os transístor de papel. O uso da electrónica transparente é também já uma realidade( os chamados ecrãs invisíveis).
A AEDAR tem apostado em realizar diversos Seminários de interesse geral e tem adoptado a metodologia para estes fóruns de ter um orador convidado único para que este possa expor com tempo as suas ideias e também para que os convidados possam participar com tempo, expondo as suas ideias, dúvidas e questões de forma aberta e participativa.
Deixamos aqui uma noticia publicada no Jornal Expresso a 21 de Julho de 2008 a propósito da nossa convidada, a Prof. Dra. Elvira Fortunato
Elvira
Fortunato, cientista portuguesa de micro-electrónica, uma das melhores do mundo
Inovação Mundial – Universidade Nova produz primeiros transístores
com papel
Os dispositivos poderão ser usados em ecrãs de papel, etiquetas, chips de identificação e aplicações médicas.
Citação do Expresso
de 21 de Julho de 2008:
Uma
equipa de cientistas do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, liderada por
Elvira Fortunato e Rodrigo Martins, conseguiu produzir pela primeira vez em
todo o mundo transístores com uma camada de papel que são tão competitivos como
os melhores transístores de filme fino baseados em óxidos semicondutores, área
de investigação de ponta em que o Cenimat detém patentes internacionais.Os resultados obtidos “auguram promissoras aplicações no campo da electrónica descartável”, afirma um comunicado da reitoria da Universidade Nova divulgado hoje. Os novos transístores poderão, assim, ser usados em ecrãs de papel, etiquetas e pacotes inteligentes, “chips” de identificação e aplicações médicas. E a produção em larga escala será facilitada pelo baixo custo do papel no mercado mundial.
A celulose é o principal biopolímero existente no nosso planeta e
a indústria electrónica está a investir cada vez mais no desenvolvimento de
dispositivos com biopolímeros, devido a seu baixo custo, tendo surgido alguns
estudos a nível internacional sobre a utilização do papel como suporte físico de componentes
electrónicos. Mas é a primeira vez que se utiliza papel como parte integrante
de um transístor.
O Cenimat fabricou transístores de filme fino onde o isolante eléctrico – ou dieléctrico – é feito em papel vegetal ou de fotocópia. Um transístor é constituído por três terminais: a fonte, o dreno e a porta (ver ilustração). Nos dispositivos produzidos pelos investigadores da Universidade Nova – os chamados transístores de efeito de campo (FET-Field Effect Transistor, em língua inglesa) – a corrente eléctrica que passa entre a fonte e o dreno é controlada pela tensão aplicada à porta, que tem de estar isolada. A inovação consistiu precisamente no uso do papel para esse efeito num dos lados, e como suporte do próprio dispositivo no outro.
Recorde-se que no final de Maio foi apresentada em Los Angeles uma nova geração de mostradores da Samsung a aplicar em telemóveis e outros suportes, desenvolvida pelo Cenimat e que usa novos materiais cerâmicos com propriedades semicondutoras ligados à chamada electrónica transparente. O centro de investigação da Universidade Nova está envolvido noutros projectos nesta área na Coreia do Sul, Irlanda, EUA, Itália e França.
A cientista Elvira Fortunato, da Universidade Nova,
conquista o maior prémio de sempre dado a um investigador português.
Inovação Mundial – Universidade Nova produz primeiros transístores
com papel
Citação do Expresso
de 21 de Julho de 2008:
Uma
equipa de cientistas do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, liderada por
Elvira Fortunato e Rodrigo Martins, conseguiu produzir pela primeira vez em
todo o mundo transístores com uma camada de papel que são tão competitivos como
os melhores transístores de filme fino baseados em óxidos semicondutores, área
de investigação de ponta em que o Cenimat detém patentes internacionais.
Transístor de
papel desenvolvido em Portugal, na Universidade Nova de Lisboa
A celulose é o principal biopolímero existente no nosso planeta e
a indústria electrónica está a investir cada vez mais no desenvolvimento de
dispositivos com biopolímeros, devido a seu baixo custo, tendo surgido alguns
estudos a nível internacional sobre a utilização do papel como suporte físico de componentes
electrónicos. Mas é a primeira vez que se utiliza papel como parte integrante
de um transístor.
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